segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

XXVIII Nascer de Novo



Podes achar que não tens
P'ra onde ir, nem que fazer
Não sabes bem quem és aqui
Neste mundo tão grande e frio
Mas há qualquer coisa em ti
Que te faz querer, querer ser alguém,
Querer ser alguém...

E a Vida não vai parar,
Vai como vento,
Tens tudo a dar
Não percas tempo
Podes saber que vais chegar
Onde Deus te levar

Mas pode ser tão difícil,
de acreditar Em Deus assim
Será que Ele se vai lembrar...
de me ajudar Será que sim?
Mas há qualquer coisa em mim
Que me faz querer: acreditar
Acreditar!

sábado, 18 de dezembro de 2010

Querido pai natal,


Aqui estou eu mais uma vez para te fazer o meu pedido de natal. Eu não sei muito bem o que te pedir, por isso, tive que vir à procura e aqui estou eu sentado no shopping num daqueles bancos que estão espalhados pelos corredores. Não precisei de muito tempo para começar a ver pessoas carregadas com sacos cheios de embrulhos e crianças a apontarem aos pais constantemente as montras. Estão todos preocupados em comprarem alguma coisa para oferecer neste natal aos que lhes são mais próximos ou àqueles de quem não nos podemos esquecer. Fica sempre bem, não é pai natal? Todos estão preocupados em arranjar qualquer coisinha, bonita de preferência, para depois no natal poderem retribuir uns aos outros. Estive a assistir a este cenário, até que, decidi ir a uma loja ver o que se passava lá dentro. A loja estava cheia; as prateleiras convidavam a pegar nas coisas, a música ambiente era de natal, nos preços havia letreiros que diziam: “o mais barato”; uma loja perfeita. Enquanto vagueava pelos corredores da loja, dei comigo a ouvir conversas entre as pessoas que só falavam nas prendas que já tinham comprado e nas prendas que ainda tinham que comprar. No entanto, houve algo que me chamou a atenção no meio daquela confusão de toda de prendas para um lado e para outro. Sabes o que foi pai natal? Foi um adolescente, não teria muito mais que catorze ou quinze anos, que virado para a sua mãe dizia: “Isso não, eu não me identifico, ele também não vai gostar”. Ele repetia constantemente até que a mãe já irritada com ele pergunta-lhe: “Mas afinal, que prenda tu lhe queres dar?” Ele olhou para a mãe com os olhos cheios de água e a soluçar: “Não lhe quero dar nenhuma prenda. Quero-lhe dar um presente…” Devias ter visto a minha cara quando ouvi aquilo. Todos os meus músculos faciais moveram-se de forma a formarem um sorriso rasgado; os meus olhos ficaram também cheios de água de tanta felicidade que tinha dentro de mim; vi-me obrigado a sair da loja. Aquele rapaz fez luz dentro de mim; fez-me compreender o que eu queria para este natal. Ele disse-me qual devia ser o meu regalo para comigo mesmo.

Desculpa pai natal mas já não preciso de ti. Eu descobri qual é o regalo que quero e como o conseguir… Nas palavras daquele adolescente eu descobri a diferença entre dar uma prenda e um presente. Onde é que eu tinha a cabeça para ainda não ter percebido que o oferecer uma prenda ou um presente, parte sempre da pessoa que dá e nunca da pessoa que recebe… Sempre que regalo alguém com uma prenda, fico preso a uma lógica egoísta: “Eu dei, agora tenho que ser retribuído”. Fico preso a esta lógica e caso não seja retribuído, fico muito provavelmente chateado e desapontado. Quando regalo alguém com um presente, faço-me presente junto dele. Pouco me importa se vou ser retribuído ou não; o que importa é que eu me quis fazer presente junto daquele a quem eu acabo de regalar. Eis aqui o grande segredo que muda tudo quando oferecemos a alguém uma prenda ou um presente. Eu não quero ficar preso a esta lógica do “toma lá” e fico à espera do “dá cá”… Quero sim começar a viver do fazer-me presente.

Neste natal, pai natal, já não preciso de ti. Neste natal em que tudo me entra pelos olhos e me chama a ser igual a todos os outros, eu quero ser diferente; eu quero ser como aquele adolescente que se quer fazer presente; quero que o meu natal seja diferente. Quero fazer-me presente neste natal, junto de todos os que amo. Quero neste natal, oferecer como presente a minha vida aos que me rodeiam. Como? Ainda não sei.

Afinal até sei. Tudo o que preciso está dentro de mim: as palavras, os gestos, as expressões, as letras; tenho como me fazer presente; tenho como me fazer presente e com eles viver o mistério do natal. Quero que as pessoas sintam a minha presença neste natal. Não só neste natal. Sempre. Quero com o meu presente, tornar-me presente sempre; quero que sempre que recordem o meu presente me sintam lá, junto deles.

Este é o meu desejo para este natal. Este é o meu próprio presente de natal. Não sei se será o desejo de mais alguém. Talvez seja… É de certeza pelo menos do meu “amigo” do shopping.

Obrigado “amigo”. Sem saberes o meu nome e sem mesmo tu o saberes, deste-me um presente antecipado neste natal. Foste o meu pai natal.

Pai natal, desculpa eu estar a dizer-te estas coisas todas mas quem sabe se podias distribuir esta carta pelas casas onde vais este natal… Uma coisa eu sei; o natal de muitas casas podia ser mais rico, a felicidade podia ser maior. Tenho a certeza que em muitas casas apesar de a árvore ter menos prendas, a casa estaria muito mais cheia, estaria com muitas mais presenças.

Entendes-me, não entendes pai natal? Eu já não preciso de ti pai natal mas há ainda quem precise de encontrar um pai natal na sua vida.

Bom Natal.

Já me esquecia de dizer uma coisa: não passes cá por casa; vai a outra casa que precise mais de ti. Agasalha-te bem. À noite faz frio e tu já não és um jovem.

Bom Natal outra vez.

Luís Sousa

http://partilharvida.no.sapo.pt/

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

TODOS NASCEMOS PARA RESPEITAR E SER RESPEITADOS


“Há uns dias estava com um grupo de amigos, onde um dos elementos pediu para falar sobre a diversidade de opiniões que estava a haver sobre determinado assunto. É verdade que os membros do grupo não estavam em sintonia em relação a algumas questões e a conversa estava a levar um rumo um pouco indesejado, visto o desrespeito pelas opiniões estar a vir ao de cima. Neste contexto o “João”, vamos chamar-lhe assim, durante a sua intervenção disse esta frase maravilhosa que passo a citar: “todos nascemos para respeitar e ser respeitados”. Todo o grupo ficou sem palavras ao ouvir semelhante sabedoria. Hoje, passados já alguns dias, dou‑me a pensar sobre estas palavras e vejo-me com uma questão em mente: será que para respeitar os outros me devo calar?

Acho que não. No mundo em que vivemos, somos constantemente colocados em situações onde temos que agir de uma forma politicamente correcta nem que para isso, eu tenha que me mascarar de outra pessoa para ficar bem visto, vivendo por dentro de uma forma totalmente contrária.

Para respeitar os outros, para respeitar as suas opiniões, pontos de vista não precisamos de calar os nossos; para isso é preciso treinar o mundo para esta atitude, visto a lógica social ser: “eu é que sei, eu é que tenho razão”. Actuando desta forma não vamos respeitar quem nos rodeia. Os seus pontos de vista, não serão válidos para nós e pior ainda não deixamos que outros digam o que acham pois nós estamos continuamente “a puxar a brasa para a nossa sardinha”.

Numa dinâmica de enriquecimento pessoal a partir dos outros, tem todo o sentido o pensamento do “João”. Aquele que respeita o outro vê-se colocado numa posição de escuta, a qual bem aproveitada o leva a enriquecer-se e a poder enriquecer o outro, pois este terá também a oportunidade de escutar a nossa partilha do mesmo modo que nós. Bem sei que tudo isto pode parecer uma teoria mas acreditem que não o é. Falo disto como uma experiência vivida e fomentada.

Eu sei que falar ao mundo desta dura realidade é colocar o dedo na ferida; contudo, sinto-me impelido a fazê-lo, quanto mais não seja a si, Sr. Cristão.

Suponho que não se deve ter esquecido do único mandamento que o nosso querido Nazareno nos deixou. Pelo sim, pelo não eu lembro-o: “Amai-vos uns aos outros como Eu vos Amei”.

Eis o segredo para o nosso sucesso. Este Amar não é um amar entre corpos, é sim um Amar entre pessoas. Eu passo a explicar:

- Amar à flor da pele, todos são capazes; este amar não implica mudanças de atitude, não nos coloca em causa, é um amar, digamos, politicamente correcto.

- Amar nas ocasiões é também politicamente correcto; ficamos bem vistos perante os outros mas por dentro da máscara continuamos os mesmos.

- Amar ao jeito de Jesus é deixar a máscara da nossa vida de lado, é optar a cada momento por amar, respeitar, partilhar experiências por mais que isso nos custe. É assumir um novo jeito de viver, que nos leva antes de mais a uma mudança interior que nos conduz à felicidade.

- Amar ao jeito de Jesus é estar disposto a ouvir o que não se quer e a ver uma quantas portas se fecharem à nossa frente, portas de um mundo que não aceita mudanças nem coerência de vida.

- Amar ao jeito de Jesus é viver no respeito pelos outros sem que para isso seja preciso calar-me. Já não é preciso impor a nossa opinião visto estarmos disponíveis ao crescimento.

Como vê Sr. Cristão, muitos de nós ainda estamos longe de viver assim, de viver cada dia, cada hora, cada minuto tendo presente o objectivo de ser feliz coma ajuda do que está ao meu lado, de crescermos juntos num sentido que valha a pena. Estamos longe de deixar de viver em função da imagem a dar ao mundo e passar a viver em função do Homem Novo para um Mundo Novo.

Já passaram mais de dois mil anos e ainda estamos assim, tão pobres, contentando-nos em viver à flor da pele. Não vamos perder um único dia mais. Um Mundo Novo chama por nós.”

Luís Sousa

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

A VIDA...

Não, a vida não é perfeita, nada na vida o é, e nada tem obrigação de o ser... Aliás, nem nós próprios que deveríamos ser perfeitos o somos, pois exigimos tanto da vida, dos outros, dos factos...

Tudo depende da importância que damos a determinadas coisas e onde colocamos nossos anseios, desejos, vontades, e alegrias. Já que a vida não é considerada perfeita, também não é totalmente imperfeita. É tão incrível como em determinados momentos esquecemos que a nossa estadia neste planeta é passageira e que não sabemos quando terminará esta nossa viagem. E o pior, esquecemos que talvez não tenhamos tempo de conhecer tudo, de saber tudo, de aprender tudo e não errar. Então temos que viver TUDO intensamente considerando as imperfeições e as coisas que não são exactamente como gostaríamos.

Nunca é tarde para tentar ser feliz, é verdade, mas também não devemos pensar que é cedo demais, pois não sabemos quanto tempo ainda temos para ficar, tentando ser feliz.

Ser feliz? O que é ser feliz? Esta pergunta é no mínimo complexa. Mas, no fundo, tudo depende de como encaramos os factos. Quando uma gota cai, a forma em que ela chegará ao chão vai depender de como ela foi originada. Se com uma grande quantidade de água, se com pouca, se suja, ou límpida. Portanto, a importância dedicada ao início dos acontecimentos, determina os resultados. Se soubermos começar com coerência, optimismo, e verdade, com certeza isto nos trará algo de bom no final, nem que seja uma boa lição…

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

"Vem, Senhor Jesus.
Toca os meus olhos e cura a minha cegueira.
Toca o meu coração e cura o meu egoísmo.
Toca as minhas mãos e cura a minha violência.
Toca os meus pés e cura o meu cansaço.
Vem Senhor Jesus."

Edições Salesianas

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010


"Obrigado, Senhor Jesus,
pela tua Palavra de vida e de esperança.
Tu falas comigo, Tu apontas-me caminhos
que levam a uma vida feliz.
A tua Palavra é farol que me guia
na noite das dúvidas e da incerteza.
Haja o que houver,
eu sei que a tua Palavra me protege."

Edições Salesianas

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

“Aceita, Senhor Jesus, o pão que tenho para te dar.

Tenho pouco tempo, tenho pouca Fé,

o meu amor é inseguro, não entendo tantas coisas…

mas o pouco que sou e tenho, são para Ti.

Sei que nas tuas mãos, com a tua bênção,

Tu podes fazer da minha vida um farol de alegria

e esperança par os que me rodeiam.”

Edições Salesianas